O Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) é caracterizado no DSM-5 por um padrão de humor irritável/raivoso, comportamento argumentativo/desafiador ou vingativo, com duração de pelo menos seis meses. A seguir, estão os critérios diagnósticos detalhados conforme o DSM-5:
Um padrão de humor irritável/raivoso, comportamento argumentativo/desafiador ou vingativo, durando pelo menos seis meses, evidenciado por pelo menos quatro dos sintomas abaixo, exibidos durante interação com pelo menos uma pessoa que não seja um irmão.
Humor Irritável/Raivoso
Comportamento Argumentativo/Desafiador
Comportamento Vingativo
O distúrbio de comportamento está associado a sofrimento significativo no indivíduo ou em outras pessoas em seu contexto social imediato (por exemplo, família, grupo de pares, colegas de trabalho), ou impacta negativamente em áreas importantes de funcionamento (por exemplo, social, educacional, profissional).
Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico, uso de substâncias, depressivo ou bipolar. Além disso, os critérios não são atendidos para um transtorno disruptivo do humor com desregulação.
Esses critérios são usados por profissionais de saúde mental para diagnosticar e planejar o tratamento adequado para indivíduos que possam ter TOD.
Lidar com o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) no ambiente escolar pode ser desafiador, mas algumas estratégias específicas podem ajudar a promover um ambiente mais positivo e produtivo tanto para o aluno quanto para os professores e colegas. Aqui estão algumas sugestões:
Estabelecer Regras Claras e Consistentes: Defina regras e expectativas claras desde o início e seja consistente em aplicá-las. Regras simples e visíveis ajudam os alunos a entender o que é esperado deles.
Usar Reforço Positivo: Reforce comportamentos positivos com elogios, recompensas ou incentivos. Reconhecer os bons comportamentos pode motivar os alunos a repeti-los.
Implementar um Sistema de Recompensas: Use um sistema de pontos ou recompensas para motivar comportamentos desejáveis. Isso pode incluir prêmios pequenos, tempo livre ou atividades especiais.
Estabelecer Consequências Claras e Previsíveis: As consequências para comportamentos indesejáveis devem ser claras, imediatas e consistentes. Certifique-se de que as consequências são apropriadas e justas.
Ensinar e Modelar Habilidades Sociais: Ajude os alunos a desenvolver habilidades de resolução de conflitos, comunicação eficaz e regulação emocional. Use jogos de papéis e atividades interativas.
Ambiente Estruturado e Previsível: Mantenha uma rotina diária estruturada para reduzir a ansiedade e proporcionar segurança. Informe antecipadamente sobre quaisquer mudanças na rotina.
Dividir Tarefas em Pequenos Passos: Tarefas complexas podem ser avassaladoras para alunos com TOD. Dividir tarefas em etapas menores e mais gerenciáveis pode ajudar.
Proporcionar Pausas e Intervalos: Permita pausas curtas para que os alunos possam se recompor e evitar a frustração.
Uso de Sinais Não Verbais: Utilize sinais não verbais para redirecionar comportamentos indesejáveis sem interromper a aula, como olhares ou gestos discretos.
Manter a Calma e a Composição: Mantenha um tom de voz calmo e firme ao lidar com comportamentos desafiadores. Evite responder com raiva ou frustração.
Envolver os Pais/Cuidadores: Trabalhe em conjunto com os pais ou cuidadores para desenvolver estratégias consistentes em casa e na escola. A comunicação regular pode ajudar a monitorar o progresso e ajustar as abordagens conforme necessário.
Desenvolver um Plano de Intervenção Individualizado (PII): Colabore com outros profissionais da escola para criar um PII que atenda às necessidades específicas do aluno.
Oferecer Suporte Emocional: Disponibilize um espaço seguro onde o aluno possa falar sobre suas frustrações e emoções. Um conselheiro escolar pode ser útil.
Ensinar Técnicas de Autocontrole: Ajude os alunos a desenvolver técnicas de autocontrole, como respiração profunda, contagem até dez ou o uso de cartões de sinalização para pedir ajuda.
Promover a Resiliência: Incentive os alunos a desenvolver habilidades de resiliência, como a autoeficácia, a capacidade de enfrentar adversidades e a busca de apoio quando necessário.
Consultas Regulares com Psicólogos ou Psiquiatras: Trabalhe em colaboração com psicólogos ou psiquiatras para monitorar o progresso do aluno e ajustar as estratégias de manejo conforme necessário.
Participação em Programas de Treinamento de Pais: Os programas de treinamento de pais podem ser úteis para fornecer estratégias adicionais que podem ser implementadas tanto em casa quanto na escola.
Implementar essas estratégias de forma consistente pode ajudar a criar um ambiente escolar mais positivo e inclusivo para alunos com TOD, promovendo seu sucesso acadêmico e social.